quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Saiba como chamar a atenção de um Headhunter

É quase como um trabalho de investigação. E muita gente sonha com uma ligação oferecendo a possibilidade de um emprego melhor, com melhores salários e ainda a chance de crescimento profissional. A função de um headhunter é exatamente essa: caçar-talentos. Eles precisam investigar e conhecer a realidade das empresas e ainda estabelecer um contato, muitas vezes sigiloso, com os candidatos selecionados.

Em entrevista ao Noticenter, Berenice Buerger, headhunter da Mega Empresarial, de Blumenau, diz que a forma de abordagem de um profissional da área é diferenciada. “É um trabalho mais específico do que um processo seletivo comum, já que os envolvidos geralmente estão colocados no mercado de trabalho”, afirma ela. “Os resultados são ágeis e o profissional encontrado tem grandes chances de atender as expectativas da empresa, já que foi garimpado com o perfil pretendido” complementa.

Outra ação comum para os headhunters é buscar contato com as chamadas “cartas marcadas”. “São profissionais que a empresa já definiu que gostaria que fossem contatados, mas por algum motivo estratégico não querem ter seu nome divulgado num primeiro contato”, diz ela.

SIGILO

O sigilo do trabalho dos headhunters representa vantagens para as duas partes envolvidas no processo: tanto a empresa quanto o profissional que está sendo visado. No primeiro caso, para as empresas, Berenice comenta dois aspectos. “Primeiro porque o profissional que ocupa o cargo pode não saber que será demitido. E a realização de um processo interno se torna inviável”, mostra ela. “Outro caso é quanto ao sigilo em relação ao nome da empresa contratante, que não quer que seu nome seja divulgado nas etapas iniciais do processo. Somente os candidatos finalistas”, conclui a especialista.

Para o funcionário, por outro lado, a discrição é uma boa ferramenta já que geralmente ele está empregado e o seu superior não sabe que ele estará participando de outro processo seletivo.

O SEGREDO É O NETWORKING

A primeira ação que deve ter quem busca um reposicionamento de carreira é o cadastro de currículos nos sites de empresas que trabalham com cargos do nível almejado. As vagas geralmente ficam na página inicial do site e por elas se consegue ter uma noção do tipo de oportunidade que a empresa oferece.

Berenice comenta que depois da avaliação de currículos em bancos de dados da própria empresa, o segundo passo para a caça ao talento é a indicação. “Como o trabalho de hunting é geralmente exercido por alguém que tem experiência e conhecimento de mercado, a rede de contatos é uma boa ferramenta”, explica a consultora.

Outro aspecto importante é as pessoas a quem você diz que gostaria de buscar um reposicionamento no mercado de trabalho. “É importante que as pessoas chaves do seu networking saibam que você está buscando novas oportunidades e principalmente porque”, pondera Berenice.

QUER CHAMAR A ATENÇÃO DE UM HEADHUNTER?

Você acha que dentro das empresas fica longe dos caçadores de talentos? Saiba que alguns aspectos são observados através dos headhunters e de sua rede de contatos, e podem ser fundamentais para que você seja um dos pretendentes a novas vagas. Berenice mostra algumas delas.

1) Trabalho em equipe
“Mesmo que não seja o líder de um trabalho, é sempre nítido quando alguém está envolvido com os objetivos da equipe. Comprometimento com as pessoas que trabalham ao seu redor, atenção que elas precisam e comprometimento com metas e objetivos comuns são muito importantes”

2) Liderança
“Mesmo que não seja gestor ou não tenha uma equipe, é importante que a liderança seja desenvolvida. A pró-atividade e a organização são algumas das características que marcam uma personalidade de liderança”

3) Capacidade para enfrentar desafios
“A pessoa precisa ter disposição para enfrentar desafios. Quando ela se recolocar no mercado de trabalho, vai se deparar uma realidade que provavelmente é diferente da que ela tem. Ela precisa se adaptar a novos cenários e superar desafios”

4) Decisão
“A facilidade em tomar decisões pode ser um diferencial importante. Saber pesar as circunstâncias, as hipóteses e pensar de forma rápida e eficiente uma solução para problemas estratégicos chama a atenção do mercado”

5) Facilidade de diálogo
“Pessoas acessíveis geralmente são as primeiras a serem indicadas para qualquer vaga. Quando se permite que sejam sugeridas mudanças de comportamento é importante que busque crescer com as críticas e se desenvolver com a opinião dos outros são aqueles que têm potencial de crescimento profissional”

6) Comportamento ético
“Se, por exemplo, um headhunter entrar em contato e ficar acordado que a operação é sigilosa, não descumpra esse acordo. Esse tipo de situação denigre a imagem do profissional”

7) Feedback
“Ter humildade é fundamental. Buscar conversar com as pessoas ao ser redor para identificar quais os principais pontos fracos e fortes da sua atuação na empresa pode fazer a diferença quando a busca for por uma personalidade que busque aperfeiçoamento constante”

8) Comprometimento
“As empresas buscam profissionais empenhados em alcançar resultados e metas. Fazer tudo o que for possível para chegar ao melhor resultado”

9) Capacidade de adaptação
“O profissional deverá procurar se interar da sua nova realidade. A flexibilidade e a simplicidade são aliadas importantes para a obtenção do sucesso e da realização profissional”

NA ENTREVISTA

Alguns cuidados básicos na entrevista são fundamentais. Lembre-se que não é porque você foi chamado a participar de um processo seletivo que a vaga é sua. “Procure não ficar nervoso, responda as perguntas com clareza e o principal conselho: não minta. Algumas perguntas desmascaram quem está mentindo. É melhor ser sincero do que tentar inventar alguma resposta”, destaca Berenice.

O TRABALHO DA MEGA EMPRESARIAL

Berenice tem mais de quinze anos de experiência em seleção de cargos estratégicos. Ela e o consultor Roberto Vilela fundaram, em 2000, a Mega Assessoria Empresarial. Atualmente, a Mega atua na seleção de treinees, cargos administrativos e executivos. Juntamente com os currículos dos profissionais indicados, a especialista elabora um parecer detalhado dos candidatos, entretanto, a decisão final é do cliente. “Fazemos o processo seletivo, mas quem decide é o cliente”, afirma ela.

Fonte: Noticenter

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